quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Não esqueça o principal



"Aquele que não faz silêncio interior, que não consegue fazer o auto encontro, que não possui serenidade para admirar uma paisagem, não sabe orar e, por conseguinte, não encontra DEUS. 
Jesus estabeleceu: o Reino de DEUS está dentro de vós (Lucas, 17: 21). 
Daí a necessidade urgente do indivíduo se concentrar, manter o foco, meditar e refletir. 
Contudo, enquanto se mantiver preso como um viciado à tecnologia necessitando fugir de si mesmo a cada segundo, sem conseguir sequer manter uma conversa pessoal sem recorrer a aparelhos eletrônicos a cada passo, não passará de simples esboço do Homem Integral a caminho da felicidade."
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Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. 
Livro: Ilumina-te
MENSAGEM DO ESE:
Abandonar pai, mãe e filhos

Aquele que houver deixado, pelo meu nome, sua casa, os seus irmãos, ou suas irmãs, ou seu pai, ou sua mãe, ou sua mulher, ou seus filhos, ou suas terras, receberá o cêntuplo de tudo isso e terá por herança a vida eterna. (S. MATEUS, cap. XIX, v. 29.)

Então, disse-lhe Pedro: Quanto a nós, vês que tudo deixamos e te seguimos. — Jesus lhe observou: Digo-vos, em verdade, que ninguém deixará, pelo reino de Deus, sua casa, ou seu pai, ou sua mãe, ou seus irmãos, ou sua mulher, ou seus filhos — que não receba, já neste mundo, muito mais, e no século vindouro a vida eterna. (S. LUCAS, cap. XVIII, vv. 28 a 30.)

Disse-lhe outro: Senhor, eu te seguirei; mas, permite que, antes, disponha do que tenho em minha casa. — Jesus lhe respondeu: Quem quer que, tendo posto a mão na charrua, olhar para trás, não esta apto para o reino de Deus. (S. LUCAS, cap. IX, vv. 61 e 62.)

Sem discutir as palavras, deve-se aqui procurar o pensamento, que era, evidentemente, este: “Os interesses da vida futura prevalecem sobre todos os interesses e todas as considerações humanas”, porque esse pensamento está de acordo com a substância da doutrina de Jesus, ao passo que a idéia de uma renunciação à família seria a negação dessa doutrina.

Não temos, aliás, sob as vistas a aplicação dessas máximas no sacrifício dos interesses e das afeições de família aos da Pátria? Censura-se, porventura, aquele que deixa seu pai, sua mãe, seus irmãos, sua mulher, seus filhos, para marchar em defesa do seu país? Não se lhe reconhece, ao contrário, grande mérito em arrancar-se às doçuras do lar doméstico, aos liames da amizade, para cumprir um dever? É que, então, há deveres que sobrelevam a outros deveres.

Não impõe a lei à filha a obrigação de deixar os pais, para acompanhar o esposo? Formigam no mundo os casos em que são necessárias as mais penosas separações. Nem por isso, entretanto, as afeições se rompem.

O afastamento não diminui o respeito, nem a solicitude do filho para com os pais, nem a ternura destes para com aquele. Vê-se, portanto, que, mesmo tomadas ao pé da letra, excetuado o termo odiar, aquelas palavras não seriam uma negação do mandamento que prescreve ao homem honrar a seu pai e a sua mãe, nem do afeto paternal; com mais forte razão, não o seriam, se tomadas segundo o espírito. Tinham elas por fim mostrar, mediante uma hipérbole, quão imperioso é para a criatura o dever de ocupar-se com a vida futura. Aliás, pouco chocantes haviam de ser para um povo e numa época em que, como conseqüência dos costumes, os laços de família eram menos fortes, do que no seio de uma civilização moral mais avançada. Esses laços, mais fracos nos povos primitivos, fortalecem-se com o desenvolvimento da sensibilidade e do senso moral. A própria separação é necessária ao progresso. Assim as famílias como as raças se abastardam, desde que se não entrecruzem, se não enxertem umas nas outras. É essa uma lei da Natureza, tanto no interesse do progresso moral, quanto no do progresso físico.

Aqui, as coisas são consideradas apenas do ponto de vista terreno. O Espiritismo no-las faz ver de mais alto, mostrando serem os do Espírito e não os do corpo os verdadeiros laços de afeição; que aqueles laços não se quebram pela separação, nem mesmo pela morte do corpo; que se robustecem na vida espiritual, pela depuração do Espírito, verdade consoladora da qual grande força haurem as criaturas, para suportarem as vicissitudes da vida.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXIII, itens 4 a 6.)

A marcha da criação ao “Reino Angélico”
 Arnaldo Grecco Muniz

O Espírito é o princípio inteligente do Universo. O Espírito é criado pela vontade de Deus; criado simples com potencial a serem desenvolvidos na sua futura existência infinita. No momento dessa criação, Deus coloca uma “partícula” da Sua Consciência no seu filho criado. Esta partícula individual de Deus é conhecida como “Centelha Divina”, ela está presente em todos os seres orgânicos e inorgânicos do Universo. Os seres orgânicos são os que têm em si uma fonte de atividade íntima, eles nascem, crescem, reproduzem-se por si mesmos e morrem. São providos de órgãos especiais para a execução dos diferentes atos da vida, órgãos esses apropriados às necessidades que a conservação própria lhes impõe. Nessa classe estão compreendidos os homens, os animais e as plantas. Seres inorgânicos são todos os que carecem de vitalidade, de movimentos próprios e que se formam apenas pela agregação da matéria. Tais são os minerais, a água, o ar, etc.

A lei de atração é a mesma para todos os seres, ela une os elementos da matéria nos corpos orgânicos e nos inorgânicos. A matéria é sempre a mesma, porém nos corpos orgânicos ela está animalizada (ela tem alma).

A causa da animalização da matéria é a sua união com o princípio vital. A vida é um efeito devido à ação de um agente sobre a matéria. A fonte do princípio vital é o fluido universal que contém o fluido magnético ou fluido elétrico animalizado. O princípio vital dá a vida a todos os seres que o absorvem. O princípio vital sem a matéria, não se define como uma vida; do mesmo modo que a matéria não possui vida sem o princípio vital. A vitalidade não se desenvolve senão com o corpo. A união dos dois é necessária para produzir a vida. A vitalidade se acha em estado latente ou adormecida quando não está unido ao corpo.

O conjunto dos órgãos humano funciona sob o mecanismo impulsionado pelo princípio vital. O Esgotamento dos órgãos causa a morte dos seres orgânicos. Após a morte, as células materiais dos seres orgânicos se decompõem para formarem novos organismos e o princípio vital volta à massa donde saiu. 

A fonte da inteligência provém do Criador do Universo. Os espíritos estão definidos como os seres inteligentes da criação povoando o Universo, fora do mundo material.

Os Espíritos são os filhos de Deus, criados simples e sem conhecimento.  O mundo corporal poderia deixar de existir, ou nunca ter existido, sem que isso alterasse a essência do mundo espírita. A missão dos Espíritos é o aprendizado e a prática dos ensinamentos de Deus resumidos no amor a si próprio, amor ao próximo e a Deus sobre todas as coisas.  

Deus criou e cria sempre segundo a Sua própria vontade. Aqueles que foram criados no inicio constituem os seres mais velhos, experientes e sábios que se encontram mais evoluídos moral e intelectualmente compondo as ordens Superiores dos Anjos, Arcanjos, Potestades, Principados de Deus.

Aqueles que ainda se esforçam para obtenção da sua iluminação continuam com as oportunidades e possibilidades de utilizarem-se do processo da reencarnação para conquistarem o direito do aperfeiçoamento moral e intelectual. Graças ao bloqueio do seu passado, o Espírito terá maiores oportunidades de viver reencarnado no entorno das pessoas comprometidas no pretérito e promoverem a reconciliação necessária. A evolução do Espírito também se processa quando se encontra desencarnado, as dificuldades serão maiores, eles estarão frente a frente com os seus adversários ou inimigos. A encarnação dos Espíritos para uns é uma expiação; para outros uma missão.

Assim como Deus coloca “Sua Centelha Divina” para colaborar e facilitar a evolução do Espírito encarnado ou desencarnado, em contra partida cada ser cria, por vontade própria, o seu “Ego” para administrar seu orgulho e egoísmo. Enquanto houver resistência do “Ego” em não ceder à “Centelha Divina” o auxílio que ele necessita para a sua evolução, o Espírito padecerá sofrimentos incontáveis. Jesus afirmava aos seus apóstolos que Deus está em cada um de nós, basta senti-Lo e respeitá-Lo. Para se livrarem da encarnação na matéria os Espíritos precisam alcançar a perfeição, depois de sofrerem todas as vicissitudes necessárias à remissão de suas faltas e conquistarem o direito da libertação da existência corporal e se promoverem à vida nos planos superiores. 

A marcha do “princípio inteligente” para o “reino humano” e sua trajetória da “consciência humana” para o “Reino Angélico” simbolizam a expansão e evolução em milênios de séculos de vida para o Espírito (alma), a criatura de Deus que, por força da Lei Divina, merecerá, com o próprio esforço e trabalho, a auréola da imortalidade em pleno Céu.
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Fonte: livro: “O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec
Arnaldo Grecco Muniz – escreve às 5ª feiras na coluna “Dia a Dia” do Jornal “Folha da Manhã” - pesquisador e editor dos jornais informativos: “Educação e Evolução da Alma” do CEEEU e “Renovação” da AESA



 

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