domingo, 12 de fevereiro de 2017

FELICIDADE E INFELICIDADE



A felicidade completa para o homem virá com a sua perfeita compreensão da vida. A felicidade é um estado íntimo, que independe de circunstâncias exteriores.

Se os espíritos iluminados se detivessem a pensar nos que sofrem na reta guarda da evolução, jamais seriam felizes, porquanto a verdadeira felicidade pressupõe a extinção de todo e qualquer egoísmo.

 Neste caso nem Deus seria feliz, observando o sofrimento de seus filhos.

Atingindo a perfeição, o espírito alcança a perfeita compreensão da dor e lhe reconhece a função educadora; então, para ele, a dor não se reveste das angústias e das aflições que se reveste para os
olhos humanos.

Sofrendo porque vê o sofrimento daqueles que mais ama, e ainda não o compreendendo em profundidade, o homem se senti compelido a algo fazer para minimizá-lo concorrendo assim para o
progresso. Não fosse a dor a ciência não evoluiria e, em consequência, a inteligência humana não se aperfeiçoaria; a dor e a morte é que desafiam o homem em sua capacidade de auto-superação induzindo-o a uma constante procura...

Abrandar os seus males com semelhante propósito, o homem sempre se candidata a uma felicidade que não esteja tão sujeita ao que lhe acontecer ao derredor, inclusive aos padecimentos em nível de
vestimenta física. Combatendo angústias e mazelas do corpo, lentamente ele se liberta do que o impede de ser feliz quanto possível.

Sem que trabalhe para a felicidade alheia, da qual depende, ninguém terá felicidade. A Lei de Deus é Sábia: Fez depender a nossa ventura da ventura do próximo! Não existe felicidade sozinha...

À medida em que cresce espiritualmente, alcançando maior claridade no entendimento, o homem deixa de sofrer tanto por aqueles que não lhes acompanham os passos. A sua felicidade, então, consistirá nas tarefas ditas sacrificiais, no tentame de despertá-lo para a Verdade!

É evidente que em um mundo de provas e expiações, a incerteza gera estados d’alma inquietantes – a simples dúvida quanto ao futuro é uma infelicidade... A desventura ocasionada pela descrença cederá origem à ventura originaria da fé. Quem possui uma confiança inabalável em Deus não se consente aos estados depressivos decorrentes do cepticismo...

Jesus era feliz? Ante semelhante indagação, é inegável que só poderemos responder que afirmativamente. Mas então como interpretarmos as aflições de seu espírito que, não raro, se exteriorizavam, inclusive, através de suas palavras? O Cristo, ao mesmo tempo espelhava em sua alma o Eu Divino e o eu humano; a dor que sentia era a dor dos homens à qual oferecia bálsamo...

Assunto de transcendência que não nos convém agora analisar,dando margens a debate que, com certeza, o futuro nos ensejará com maior discernimento.

Guardemos, porém, a convicção de que a felicidade resulta para o espírito sua perfeita integração com as leis divinas. Estamos nos referindo não à felicidade do ter, sempre ilusória e passageira, mas
a felicidade do ser, conquista inalterável e definitiva.

Quem é mais feliz onde esteja é quem mais ame, mais compreenda e mais sirva!.. 
**********************
Irmão José
Carlos Bacelli  
Obra: Se teus olhos forem bons 





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo comentário.