quarta-feira, 20 de junho de 2012

Tipos de Idosos


“Diz-me como envelheces, dir-te-ei quem és.” (Gilberto de Mello Kujawski)

Os idosos costumam ser classificados quanto ao temperamento, em quatro tipos principais:



 
Têm auto-estima, apreciam a vida. 
São otimistas.Procuram sempre estar em atividade. 
Odeiam ficar sem fazer nada. Amam e, provavelmente, são amados.
 Embora possam ter algum distúrbio orgânico, mantêm-se sob controle. Sociáveis, trabalhadores, criativos. Dizem que costumam viver mais.






 
Angustiados, atormentados, desanimados, pessimistas. Esperando sempre o pior. 
Estão em dificuldades por algum problema
psicológico ou físico. 
Podem se sentir desprezados ou humilhados.A auto-estima está abalada. Ociosos ou não. Hipocondríacos, no geral. Melancólicos. Como diria Camilo Castelo Branco: “Era um acesso de hipocondria, uma invasão de tristeza”.
  



Pessimistas, hipocondríacos, preocupação doentia
com o funcionamento dos órgãos. 
Preocupação excessiva. Tristeza profunda.
Medo à flor da pele. Receio permanente com uma ou mais causas ou efeitos. Queixam-se amargamente da vida, das pessoas que poderiam auxiliá-los nos transes, nos momentos aflitivos. Improdutivos, estão sempre pensando em marcar uma consulta com o médico. Ou fazer exames laboratoriais.




Em qualquer situação não se queixam. Parecem não ter uma exata idéia da vida em si. Podem até se considerar muito seguros, mesmo que seja aparentemente. Insensíveis, apáticos. Pessoas que no geral não têm ódio, nem amizade por outras. Desinteressados de qualquer religião ou sistema político. Podem até se considerar felizes. Para eles a vida só é para ser vivida. Vão matando o tempo, até com um certo desprezo ou mesmo desinteresse. Não aborrecem e não gostam de ser incomodados. Tanto faz ter ou não amigos. Deixam o tempo passar. Aparentemente desprendidos, despreocupados.

Comentários:

Todos os quatro tipos de idosos relatados, com exceção dos eufóricos e ativos, embora já tenhamos encontrado otimistas sempre preocupados, precisam de uma ajuda objetiva e competente. Ter problemas não é algo que os fará mais felizes. Amigos ou parentes, que sejam generosos, de muita boa vontade, poderiam com habilidade tentar interferir na vida desses idosos, procurando a causa do seu baixo astral – influindo no plano intermediário entre o físico e o espiritual.
Procurar dialogar com eles, saber das causas que os afligem para poder minimizar os males que os assaltam. Em primeiro lugar, conquistar a confiança da pessoa. Um terapeuta competente seria a melhor solução.
Mas, em certas condições, uma pessoa amiga e devotada a fazer o bem e que tenha aptidões para isso, poderia talvez descobrir soluções.
Diminuir ou fazer cessar o sofrimento do ser humano é uma tarefa que torna a pessoa superior e com alma nobre e generosa.
Não se deve esquecer que os idosos, em parte, retornam à infância.
Precisam ser, antes de tudo, compreendidos e amados pelos seus semelhantes.
Ajudemos a quem necessita.

“A carga dos nossos prováveis males ficará mais leve”, parodiando Florian (1706-1790), em O Cego e o Paralítico.

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Abrahão Grinberg – Bertha Grinberg

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